quinta-feira, 1 de março de 2012

Corrigindo velhos ditados

burro com livros burro carregado de livros burro doutor santa nostalgia_thumb[2]
Atualmente muitos ditados que conhecemos ouvindo ao longo dos anos, não se aplicam a nossa realidade, sendo que alguns se tornaram completamente obsoletos.

Confira como seria se fossem levados ao “pé da letra”:


01 - "É dando que se.. . engravida".
gravida1
02 - "Quem ri por último… é retardado".
ASNO
03 - "Alegria de pobre… é impossível".
ALE
04 - "Quem com ferro fere… não sabe como dói".
tou
05 - "Em casa de ferreiro… só tem ferro".
21
06 - "Quem tem boca… fala o que quiser. Quem tem grana é que vai a Roma”!
muita grana
07 - "Gato escaldado… morre"!
gat
08 - "Quem espera… fica de saco cheio".
sc
09 - "Quando um não quer… o outro insiste".
vi
10 - "Os últimos serão.. . os desclassificados”.
BA
11 - "Há males que vêm para.. . ferrar com tudo mesmo"!
T
12 - "Se Maomé não vai à montanha… é porque ele se mandou pra praia".
M
13 - "A esperança… e a sogra são as últimas que morrem".
sogra
14 - "Quem dá aos pobres… cria o filho sozinha".
65
15 - "Depois da tempestade vem a.. .. gripe e a enchente".
GR
16 - "Devagar…. se demora chegar".
DE
17 - "Antes tarde do que.. .. mais tarde".
charge_justicabrasileira
18 - "Em terra de cego quem tem um olho é.. . caolho".
UM
19 - "Quem cedo madruga… fica com sono o dia inteiro".
B
20 - "Pau que nasce torto… urina no chão".
MIJA
Conhece mais algum que deva ser mudado?





Fonte

Homenagem aos amigos

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.

Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.

Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.

Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.

Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

Charles Chaplin

LOUCOS E SANTOS

 
Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril. 
atribuido a Fernando Pessoa


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. 
atribuída a Oscar Wilde, provavelmente com base em frases do romance "O Retrato de Dorian Gray"

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Contado ninguém acredita II


"Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros."
Confúcio

Contado ninguém acredita

Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic.



"Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros."
Confúcio

"O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência."
Henry Ford


"Nada é mais perigoso do que uma idéia, quando esta é a única que você tem."
Emile Chartier

À beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: É dar um passo atrás.

Mulher de 125 anos...

... fuma maconha e defende ser mais velha



A mulher mais velha do mundo tem 125 anos, é do sul da Índia e fuma maconha: pelo menos isso é o que ela seus quase octogenários netos afirmam, ao reivindicar seu nome no livro Guinness dos recordes.
Segundo a agência indiana "Ians", a idosa Fulla Nayak, originária de um povoado do estado oriental de Orissa, assegura ter completado 125 anos, apesar de seu título de eleitor emitido pelo Governo, em 1995, indica que ela tem "apenas" 120 anos.
Nayak afirma que chegou aos 125 anos fumando cigarros e "ganja", além de beber muito suco de palma e várias xícaras de chá quente ao dia, detalha a "Ians".


A centenária mulher, que sofre apenas com alguns problemas de vista e caminha sem ajuda, assegurou à agência indiana que nunca teve doenças graves: "Em todos estes anos, meus maiores males foram por resfriados e tosse", indicou.
Um dos netos da idosa, Narayan Nayak, de 72 anos, se mostrou convencido de que sua avó é sem dúvida a mulher mais velha do mundo, o que segundo sua opinião merece um registro no Guinness.
Nayak tem ainda dois de seus quatro filhos vivos, a mais velha, Jamuna, com 92 anos, vive no mesmo povoado que ela, Kanarpur, a cerca de 25 quilômetros da capital do distrito de Kendrapada.
Fulla Nayak realmente é muito doida. A indiana fuma maconha e pensa que é a mais velha do mundo. Pelo menos, é isso que afirma a agência indiana "Ians". Na verdade, a mulher mais velha do mundo não usa tóxico, é polonesa e mora no Brasil: Dona Maria Olívia da Silva.
Segura a onda Nayak. Você já tem uma filha de 92 anos, sofre com alguns problemas de vista e não pode ficar contando inverdades. A mulher mais idosa do mundo é a Dona Maria Olívia da Silva, que completou 126 anos, no último dia 28 de fevereiro.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mentes Brilhantes!


"Triste época!
É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito."


"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade."


"Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos."


"O segredo da criatividade é saber como esconder as fontes."


"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal."


"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado."


"A ciência sem a religião é coxa, a religião sem a ciência é cega.
Nenhum homem realmente produtivo pensa como se estivesse escrevendo uma dissertação."


"Deus é a lei e o legislador do Universo."


"Deus não joga aos dados."


"Nenhum cientista pensa com fórmulas."


"Aquele que já não consegue sentir espanto nem surpresa está, por assim dizer, morto; os seus olhos estão apagados."


"É mais fácil mudar a natureza do plutônio do que mudar a natureza maldosa do homem."


"Guardar ressentimentos é tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra."


"Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos."


"Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres."


"A lei da gravidade não pode ser responsabilizada pelo fato de uma pessoa cair de amores por outra."


"A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada."


"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."


"Se quer viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta, não às pessoas nem às coisas."


“Insanidade é fazer as coisas sempre iguais e esperar por resultados diferentes…”


"Se eu não fosse físico, seria provavelmente músico."




Devido a algumas frases, como “Deus não joga dados”, “Quero conhecer os pensamentos de Deus”, entre outras, levam alguns a crer que Einstein era crente (no sentido de Crer em algo sobrenatural, não em ser evangélico), mas não era. Quando perguntado sobre sua religiosidade, Einstein era taxativo em dizer que não acreditava em um Deus pessoal, que criou o mundo, que interfere na vida das pessoas, etc. Como mostra os seguintes trechos de uma carta escrita por ele ao filósofo alemão Eric Gutkind, em 1954, um ano antes de sua morte:


“A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis”
“Para mim, a religião judaica, como todas as outras, é a encarnação de algumas das superstições mais infantis. E o povo judeu, ao qual tenho o prazer de pertencer e com cuja mentalidade tenho grande afinidade, não tem qualquer diferença de qualidade para mim em relação aos outros povos.”

"Até onde vai minha experiência, eles não são melhores que nenhum outro grupo de humanos, apesar de estarem protegidos dos piores cânceres por falta de poder. Mas além disso, não consigo ver nada de ‘escolhido’ sobre eles”





“Ter a sensação de que por trás de tudo que pode ser vivido há alguma coisa que nossa mente não consegue captar, e cujas belezas e sublimidade só nos atingem indiretamente, na forma de um débil reflexo, isso é religiosidade. Nesse sentido, sou religioso"

“É claro que era mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que está sendo sistematicamente repetida. Não acredito num Deus pessoal e nunca neguei isso, e sim o manifestei claramente. Se há algo em mim que possa ser chamado de religioso, é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo, do modo como nossa ciência é capaz de revelar.”

“Sou um descrente profundamente religioso. Isso é, de certa forma, um novo tipo de religião. Jamais imputei à natureza um propósito ou um objetivo, nem nada que possa ser entendido como antropomórfico. O que vejo na natureza é uma estrutura magnífica 
que só compreendemos de modo muito imperfeito, e que não tem como não encher uma pessoa racional de um sentimento de humildade. É um sentimento genuinamente religioso, que não tem nada a ver com misticismo. A idéia de um Deus pessoal me é bastante estranha, e me parece até ingênua.” 




“Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível”.
- Talvez a sua melhor frase, que deita por terra a falácia de que “Sem um Deus pessoal, não há moral”


“Não posso conceber um Deus pessoal que influencie diretamente as ações dos indivíduos ou julgue as criaturas que ele mesmo criou” - Nem eu Einstein, nem eu. 


“Uma vida só já basta” – É justamente o fato de termos apenas uma vida, que nos obriga a viver intensamente cada segundo.

"A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia." - É o que chamamos de evolução.



“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.” – E não dói nadinha. Juro.


“Existem apenas duas coisas infinitas: O universo e a estupidez humana. Tenho minhas duvidas quanto ao universo” – Perfeito.


“Triste época, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito” – É mais fácil desintegrar um átomo do que qualquer idéia tomada como certa por alguém de mente limitada.


“Se A é o sucesso, então A=x+y+z. Sendo x o trabalho, y o lazer e z manter a boca fechada” - Ou falar apenas o necessário.

“A tradição é a personalidade dos imbecis”
“Penso noventa e nove vezes e nada descubro, deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio e a verdade me é revelada”
“A liberação da energia atômica mudou tudo. Menos a nossa maneira de pensar”

“A curiosidade é mais importante do que o conhecimento” - E é o questionamento que leva a ambos.
“Nenhum homem realmente produtivo pensa como se estivesse fazendo uma dissertação e nenhum cientista pensa com fórmulas”


“Eu nunca penso no futuro, ele não tarda a chegar”




Albert Einstein (14/03/1879 - 18/04/1955)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O que acontece quando você dá milhares de adesivos coloridos para milhares de crianças?




This is What Happens When You Give Thousands of Stickers to Thousands of Kids stickers kids installation art
Uma instalação feita pela artista japonesa Yayoi Kusama na Galeria de Arte Moderna de Queensland responde a pergunta do título.
Ela construiu um enorme ambiente doméstico, todo pintado de branco. Durante duas semanas, os pequeninos visitantes do museu foram convidados para colaborar na transformação do espaço.
Chamada de “The Obliteration Room”, a instalação faz parte de uma série da artista chamada “Look Now, See Forever”, que fica em exibição até o dia 12 de março na Austrália.

A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Uma breve história do calendário moderno

Porque amanhã à meia-noite você vai estourar champagne, brindar, comer lentilha e pular sete ondinhas para comemorar a chegada do ano novo?

Essa desculpa para encher a cara (e fazer promessas que não serão cumpridas) é explicada no vídeo acima. Tudo para você ter curiosidades para encher o saco dos amigos até a hora da virada.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ver,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra
birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta ou recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Natal de Charlie Brown

A tristeza do personagem das tirinhas Peanuts é ainda mais visível durante o Natal. Charlie Brown se sente ainda mais triste durante essa época do ano - ele realmente não entende a importância que as pessoas dão a presentes superficiais. Toda a sutileza do humor de Charles Schulz está presente no curta animado "O Natal de Charlie Brown".
Charlie Brown


Charlie Brown

Charlie Brown é acima de tudo um personagem inquieto. Mesmo que resignado, é na maioria das vezes questionador, tem imensas preocupações. Uma deles bem presente no especial de natal de 1965. Em O Natal de Charlie Brown o significado da data é questionado. Charlie não entende principalmente a comercialização da época e o fato de ninguém se importar com ele. O garoto de oito anos e meio não recebe nenhum cartão natalino.
Para ajudar Charlie Brown a ficar mais feliz durante esse momento do ano, sua amiga egocêntrica, Lucy, propõe que Charlie seja o diretor da peça de natal que sua turma irá realizar. Desacreditado pelas outras crianças por sempre estragar todas as brincadeiras, Charlie se motiva a dirigir o espetáculo. Enquanto as demais crianças queriam apenas dançar e se divertir, Charlie se empenha na tarefa de conduzir a peça. Na busca de uma caracterização melhor do cenário, Lucy convence Charlie a buscar uma árvore de natal, especificando que quer uma grande e bonita de metal, mas Charlie decide levar uma pequena e frágil, porém viva. As outras crianças ficam inconformadas e constatam que Charlie Brown não consegue fazer nada direito.
A árvore, no entanto, pode representar o que Charlie Brown quer entender do Natal. É muito mais do que aparência, é um sentimento a ser cuidado, cultivado. Não é um produto, um presente. É mais do que uma árvore de metal, por mais bonita que essa seja, é uma árvore de verdade. Por isso a incompreensão do personagem face ao significado que as outras pessoas dão à data, mais superficial do que o depressivo Charlie consegue enxergar na árvore.
Criado pelo cartunista Charles Schulz , Charlie Brown faz parte das tirinhas Peanuts que foram publicadas de 1950 até o ano da morte de seu autor, em 2000. É somente em 1973 que os personagens de Peanuts ganham uma série de episódios animados frequentes. O humor melancólico de Schulz não está presente apenas em Charlie Brown, mas o personagem talvez seja a máxima expressão. Charlie Brown é um existencialista, e por isso questiona a vida, o amor, o Natal. E por não compreendê-los, pelo menos não da maneira que a maioria das pessoas os compreende, é que se torna mais amargurado. A tristeza de Charlie Brown, assim, não é somente um estado de espírito, mas sim uma parte de sua personalidade.
O não entendimento de coisas aparentemente banais faz de Charlie Brown uma pessoa incompreendida, e é dessa incompreensão para com ele e dele para com o mundo que surge sua melancolia. Mas o que o impulsiona é sua persistência em tentar compreender o que não entende. A obstinação do personagem por respostas só não é maior do que a vontade de fazer perguntas. Ele sempre substitui uma preocupação por outra - essa é sua razão de viver. Por estar sempre preocupado, a tristeza é parte integrante do personagem. O que não impede de Charles Schulz ver isso com bom humor.
A genialidade de Schulz não está em ver o mundo com estranheza, de ombros baixos, ressentido, mas sim em conseguir achar graça nessas situações. Mas não é um humor escrachado, de gargalhadas, é um humor de risada de canto de boca, de sorriso leve, um humor meio Charlie Brown.