sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Uma breve história do calendário moderno

Porque amanhã à meia-noite você vai estourar champagne, brindar, comer lentilha e pular sete ondinhas para comemorar a chegada do ano novo?

Essa desculpa para encher a cara (e fazer promessas que não serão cumpridas) é explicada no vídeo acima. Tudo para você ter curiosidades para encher o saco dos amigos até a hora da virada.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ver,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra
birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta ou recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Natal de Charlie Brown

A tristeza do personagem das tirinhas Peanuts é ainda mais visível durante o Natal. Charlie Brown se sente ainda mais triste durante essa época do ano - ele realmente não entende a importância que as pessoas dão a presentes superficiais. Toda a sutileza do humor de Charles Schulz está presente no curta animado "O Natal de Charlie Brown".
Charlie Brown


Charlie Brown

Charlie Brown é acima de tudo um personagem inquieto. Mesmo que resignado, é na maioria das vezes questionador, tem imensas preocupações. Uma deles bem presente no especial de natal de 1965. Em O Natal de Charlie Brown o significado da data é questionado. Charlie não entende principalmente a comercialização da época e o fato de ninguém se importar com ele. O garoto de oito anos e meio não recebe nenhum cartão natalino.
Para ajudar Charlie Brown a ficar mais feliz durante esse momento do ano, sua amiga egocêntrica, Lucy, propõe que Charlie seja o diretor da peça de natal que sua turma irá realizar. Desacreditado pelas outras crianças por sempre estragar todas as brincadeiras, Charlie se motiva a dirigir o espetáculo. Enquanto as demais crianças queriam apenas dançar e se divertir, Charlie se empenha na tarefa de conduzir a peça. Na busca de uma caracterização melhor do cenário, Lucy convence Charlie a buscar uma árvore de natal, especificando que quer uma grande e bonita de metal, mas Charlie decide levar uma pequena e frágil, porém viva. As outras crianças ficam inconformadas e constatam que Charlie Brown não consegue fazer nada direito.
A árvore, no entanto, pode representar o que Charlie Brown quer entender do Natal. É muito mais do que aparência, é um sentimento a ser cuidado, cultivado. Não é um produto, um presente. É mais do que uma árvore de metal, por mais bonita que essa seja, é uma árvore de verdade. Por isso a incompreensão do personagem face ao significado que as outras pessoas dão à data, mais superficial do que o depressivo Charlie consegue enxergar na árvore.
Criado pelo cartunista Charles Schulz , Charlie Brown faz parte das tirinhas Peanuts que foram publicadas de 1950 até o ano da morte de seu autor, em 2000. É somente em 1973 que os personagens de Peanuts ganham uma série de episódios animados frequentes. O humor melancólico de Schulz não está presente apenas em Charlie Brown, mas o personagem talvez seja a máxima expressão. Charlie Brown é um existencialista, e por isso questiona a vida, o amor, o Natal. E por não compreendê-los, pelo menos não da maneira que a maioria das pessoas os compreende, é que se torna mais amargurado. A tristeza de Charlie Brown, assim, não é somente um estado de espírito, mas sim uma parte de sua personalidade.
O não entendimento de coisas aparentemente banais faz de Charlie Brown uma pessoa incompreendida, e é dessa incompreensão para com ele e dele para com o mundo que surge sua melancolia. Mas o que o impulsiona é sua persistência em tentar compreender o que não entende. A obstinação do personagem por respostas só não é maior do que a vontade de fazer perguntas. Ele sempre substitui uma preocupação por outra - essa é sua razão de viver. Por estar sempre preocupado, a tristeza é parte integrante do personagem. O que não impede de Charles Schulz ver isso com bom humor.
A genialidade de Schulz não está em ver o mundo com estranheza, de ombros baixos, ressentido, mas sim em conseguir achar graça nessas situações. Mas não é um humor escrachado, de gargalhadas, é um humor de risada de canto de boca, de sorriso leve, um humor meio Charlie Brown.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Isto correu mal...

‎"O maior tesouro não é o que um homem conquista, mas o que ele preserva..."

Pawel Kuczynski - Sátiras

Pawel Kuczynski’s Satirical Art
Pawel Kuczynski, a famous Polish artist, was born in 1976. He became popular for his satirical illustrations of modern society and life. Excellent works, sharp and many-sided.


Fonte

sábado, 12 de novembro de 2011

Fernando Pessoa não é o autor...

Adoram colocar o nome de Fernando Pessoa em textos com autoria conhecida ou não. A única explicação é que, tendo o nome de Fernando Pessoa, talvez dê mais credibilidade aos textos e eles serão repassados com mais frequência. São muitos:
Vou reproduzir apenas fragmentos destes textos que não são de Fernando Pessoa e correm pela Internet como se fossem.

“A Concha”
A minha casa é concha.
Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fechada de marés, a sonhos e a lixos,
O horto e os muros só areia e ausência... (Vitório Nemésio)

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Autor: Fernando Teixeira de Andrade - 1946-2008 - foi professor de Literatura

-"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos... (Autor desconhecido)

-"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. (Augusto Cury Dez leis para ser feliz da Editora Sextante. Ano 2003)


Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo (Nemo Nox Por um Punhado de Pixels.)

"Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva, para que possamos compreender o infinito valor da paz. ... (Autor: Paulo Coelho)

"Existe no silêncio tão profunda sabedoria que às vezes ele se transforma na mais perfeita resposta. (carece de fontes)

"É fácil trocar as palavras, Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado, Difícil é saber como se encontrar! ..."
(Autor Desconhecido)

" Navegue, descubra tesouros, mas não os tire do fundo do mar,
o lugar deles é lá. Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra..." (Silvana Duboc) provavelmente um repassador anônimo, acrescentou ao texto um fragmento de Ricardo Reis ... "Circunda-te de rosas, ama , bebe E cala. O mais é nada." gerando a confusão.

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
- ''citado em "Qual o tempo do cuidado?" - Página 49, de MARIA JULIA PAES DE SILVA,

"Os ventos, que as vezes tiram algo que amamos ... Não é de Fernando Pessoa, nem tampouco de Bob Marley, vide: FROZEN VALLEY (composição: Rafael Wissmann Monteiro - banda "Silent Heart")

"Paro às vezes à beira de mim próprio e pergunto-me se sou um doido ou um mistério muito misterioso." (sem referências bibliográficas)

No poema "Recomeçar/ou Faxina na Alma" Não importa onde você parou
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e
necessário "Recomeçar"... de Paulo Roberto Gaefke, um repassador adicionou ao final a frase "Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura" da poesia "A minha Aldeia", de Fernando Pessoa, sob o heterônimo de Alberto Caeiro. Este poema de Gaefke é atribuído a Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Aristóteles.

Fontes:
http://pt.wikiquote.org/wiki/Fernando_Pessoa#Sem_Fontes
http://rosangelaliberti.multiply.com/journal

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

“O mito da caverna” (Platão) – nos tempos modernos

Clique nas imagens para melhor visualização




Hoje é o Dia de São Martinho

Dia de São Martinho, comem-se as castanhas e bebe-se o vinho.
Bom dia de São Martinho!
(cliquem nas imagens para as verem em tamanho maior.)

Passaro em gaiola não canta, lamenta...!!!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011